A MÁFIA DAS DP

Carta de posicionamento da Representação Discente e do Grupo Construção Coletiva em relação ao aumento da média acadêmica no Curso de Direito



Novamente, agindo às escuras – como usualmente o faz – a Direção da
Faculdade de Direito optou por aumentar a média do curso de 5 (cinco) para 7
(sete), além de eliminar o direito à recuperação.

A medida, tirada no dia 21 de fevereiro, ocorreu sem a presença da
Representação Discente, que sequer foi notificada da reunião do Conselho da
Faculdade. Após o pedido de vistas feito pelo Centro Acadêmico, que foi
avisado sobre a reunião, a Direção adiou a decisão para o dia 10 de março, no
meio da semana do Carnaval.

Será que a média da avaliação dos professores também vai aumentar?

A proposta foi formulada pela Direção da Faculdade sem nenhum prévio
estudo pedagógico dos efeitos da modificação. Em verdade, sobre as regias
do atual plano pedagógico e do curso semestral ainda não se tem nenhuma
turma formada para que se possa ter qualquer dado ou indicio comparativo
do desempenho dos futuros profissionais. Entendemos que o único fim
aparente para esta proposta é um aumento no número de estudantes em DPs
e pagando caro por elas. Trata-se de uma opção em maximizar lucros em
detrimento do desenvolvimento acadêmico.

Além disso, essa medida provocará de imediato um acréscimo significativo de
DPs esse fato, por obvio, prejudica todos os estudantes, mas tem um potencial
lesivo ainda maior para os estudantes bolsistas. Hoje aqueles que possuem
bolsas de estudo podem acumular apenas 03 dependências. Essa proposta
inconseqüente, pode então provocar a perda de bolsas desses estudantes vez
que objetiva unicamente o aumento das Dps.

E se os professores não atingirem média 7 nas avaliações, eles vão ter direito a
recuperação?


Um dos argumentos usados pela direção da faculdade é a tentativa de
elevar os índices de aprovação no exame da OAB e melhorar a nota da
PUC\SP no ENADE. Ocorre que as faculdades que alcançam o melhor
desempenho nesse exame são justamente aquelas que mantém sua média
interna de aprovação em nota 05. A própria UNB adota essa média interna.
Também as faculdades tradicionais, como a São Francisco\USP nem
mesmo cogitam modificar as suas médias acadêmicas internas. Esses fatos
só evidenciam a falácia dos argumentos da direção e desnudam a real
intenção de aumento da lucratividade.

Quantas DPs os professores vão poder pegar?

O aumento da média no curso de Direito é mais uma evidencia do
sucateamento da PUC como um todo. Outros cursos têm sofrido medidas
parecidas que fazem parte do mesmo processo institucional, como é o caso
dos cursos de Economia, Psicologia, Pedagogia entre outros. Neste sentido,
será realizado um ATO UNIFICADO na segunda-feira (28/02) às 18:30 na
Prainha.

Na atual conjuntura do Conselho da Faculdade os estudantes têm apenas
dois votos de sua representação. Esses dois minguados votos não são
suficientes para barrar essa medida. Diante desse quadro a única saída que
vislumbramos é a nossa organização para formular propostas e conseguir
comparecer em peso na reunião do conselho para pressionar a direção da
faculdade a não colocar em pauta essa medida.

Por isso, o Grupo Construção Coletiva e a Representação Discente
repudiam a mediada da Direção, e convocam os estudantes para uma
reunião aberta com a gestão do Centro Acadêmico “22 de Agosto”, para





Reunião aberta no Centro Acadêmico com a atual gestão para traçar estratégias contra o aumento da média Sexta-feira (25/2), às 11:30 e às 21hr no C.A.