COMUNICADO DO GRUPO CONSTRUÇÃO COLETIVA AOS ESTUDANTES DE DIREITO DA PUC-SP SOBRE O AUMENTO DAS MENSALIDADES EM 2012

O Conselho Universitário – CONSUN – é um órgão de deliberação da nossa Universidade. Sua composição é formada pela representação de estudantes, professores, funcionários, Fundação São Paulo (mantenedora da PUC) e da Reitoria.

Haverá, no dia 07/12/2011, às 9h, no auditório 119-A, no Prédio Novo, uma sessão extraordinária deste Conselho, na qual se discutirá e se deliberará a respeito da situação orçamentária da Universidade no ano de 2012, pauta essa que incluia questão do aumento da mensalidade paga pelos estudantes.
A Reitoria, expressa pelo atual Reitor, Dirceu de Mello, formulou uma proposta inicial de aumento em 11% para o ano que vem. Sabemos que esse índice de aumento é absolutamente disparatado em relação ao IPCA (Índice de Preços aoConsumidor Amplo), taxa que deveria reger o aumento do preço de mensalidades em universidades pagas.
Além disso, não podemos perder de vista que os preços pagos na PUC são seriamente excludentes frente à realidade da população brasileira. Certamente, dos 10% dos jovens brasileiros inscritos no ensino superior (percentual que já é alarmante), apenas uma quantidade mínima poderia pagar mais de R$1.500,00 para estudar, como fazem os mensalistas na Faculdadede Direito da PUC.
Cabe a nós, estudantes, voltarmos a refletir a respeito do futuro da nossa Universidade, que sofre violento processo de elitização, tão prejudicial à qualidade educacional.
No ano de 2010, estudantes ligados ao Conselho de Centros Acadêmicos encamparam a Campanha pela Redução das Mensalidades, a qual contou com a participação de centenas de estudantes e culminou na negociação com o reitor, para que os índices de aumento da mensalidade fossem compatíveis com a inflação, e não voltassema ser abusivamente acrescidos.
Paraque possamos mudar os rumos da nossa universidade, é preciso unidade dos estudantes em torno da bandeira de redução das mensalidades!


REUNIÃO ABERTA DO CONSELHO DE CENTROS ACADÊMICOS:
TERÇA-FEIRA (DIA 06/12), ÀS 18:30

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO:
QUARTA-FEIRA (DIA 07/12) ÀS 9H, NO AUDITÓRIO 119-A, NO PRÉDIO NOVO.

Debate sobre o aumento das mensalidades para 2012 no CCA!

MOÇÃO DE APOIO AO COLETIVO CONSTRUÇÃO COLETIVA!





Nós do Diretório Acadêmico Fernando Santa Cruz de Direito da UNICAP - PE, gestão "MUDA DIREITO", acreditamos que o movimento estudantil deva exercer um papel fundamental atuando combativamente contra o modelo de sociedade e de universidade que nos é imposto. Sempre perfilhando suas atividades, atos e manifestações de maneira crítica em torno da realidade que vivemos e lutando por uma educação libertadora e voltada para (e com) o povo.

Acreditamos, também,  que não é possível a avançar na erradicação das opressões, seja de identidade de gênero, de raça, de etnia, de classe econômica, sem a superação deste modelo de sociedade que irradia o machismo, o racismo, a homofobia e a criminalização da pobreza.

Nesse sentido, por perceber o envolvimento e comprometimento d@s camaradas do coletivo "Construção Coletiva" nesses mesmos objetivos (uma sociedade justa, fraterna, solidária e libertária), seja nas atividades locais, seja na militância nacional (realização do ENED 2011 e construção do Curso de Formação Política/Encontro de Mulheres da FENED – Federação Nacional de Estudantes de Direito para 2012), é que apoiamos tal grupo nas eleições do CA 22 DE AGOSTO DA PUC-SP.

Há braços nordestinos e fraternos.
GRUPO MUDA DIREITO (atual gestão do DAFESC-UNICAP e Coordenação Nacional da FENED).

"Quem não se movimenta não sente as correntes que os prendem".
Rosa Luxemburgo

RECONSTRUINDO O AMANHÃ: CARTA PROPOSTA DO GRUPO CONSTRUÇÃO COLETIVA PARA AS ELEIÇÕES DE CENTRO ACADÊMICO 2012.

Car@s,
Essa semana se inicia mais um processo eleitoral. O grupo Construção Coletiva, que, há quatro anos vêm atuando cotidianamente na Faculdade de Direito da PUC-SP apresenta abaixo sua carta proposta para a gestão do Centro Acadêmico 22 de Agosto no ano de 2012.

Até sexta feira, estaremos pelos corredores ansiosos por trocar idéias, debater nosso projeto, tirar dúvidas, receber sugestões, enfim, dispostos a garantir que esta campanha seja um momento de integração, debates e reflexões entre @s estudantes de direito da PUC/SP!
Partindo da premissa de que somos protaganistas do processo histórico, e que, assim, temos o poder de intervir em seus rumos, baseamos nossa campanha na idéia de que lutando junt@s, estaremos Reconstruindo o Amanhã!
Vamos construir coletivamente a gestão 2012!
Na terça feira às 11h30 e às 21h30 faremos reuniões de apresentação do grupo! 

A votação acontecerá nos dias 20 e 21 ( quinta e sexta-feira) dessa semana no 2o andar do prédio novo.
O debate será na quarta feira ( local e horário a definir)


Abraços!


Grupo Construção Coletiva

Twitter: @concoletiva
Facebook: /construcaocoletiva
Blog: grupoconstrucaocoletiva.blogspot.com
Email: grupoconstrucaocoletiva@gmail.com

**Clique sobre as imagens para vizualizar melhor!







ATENÇÃO

BOLSISTAS E ESTUDANTES MÃES DA PUC-SP:

AINDA RESTAM TRÊS VAGAS DE ISENÇÃO PARA O ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE DIREITO (ENED 2011)!!!!

SE VOCÊ ESTIVER INTERESSAD@, ENVIE UM E-MAIL REQUERENDO A SUA VAGA PARA isencaoened2011@gmail.com.



Grupo Construção Coletiva

A CONSTRUÇÃO COLETIVA CONVIDA A TODOS PARA SUAS REUNIÕES DE FORMAÇÃO POLÍTICA EM JULHO


Companheir@s e Amig@s,

Analisar criticamente o Direito e a sociedade é o passo fundamental para transformá-los. Entendemos que a formação política só instrumentaliza nossas lutas diárias se for feita coletivamente. A concretização de avanços deve ser fruto de uma apreensão da realidade de todos aqueles que os constróem. Ao mesmo tempo, como imaginar um processo transformador na figura do acadêmico ou do intelectual que produz infinitas contribuições à ciência, mas que não se une ao seu povo?

Em julho, a Construção Coletiva convida a todos para reuniões de formação política. A idéia é que não haja um grande mestre para um público silencioso e atento. A atividade tem como objetivo quebrar as relações de poder travadas entre o intelectual X o sujeito em processo de formação. Por isso, vamos ao debate, livre e despreendido, sobre temas caríssimos à luta de quem entende que esse mundo precisa ser transformado!


A bibliografia das discussões está na pasta da Construção Coletiva, no xerox do C.A. 22 de Agosto:
 

Formação 01: CAPITALISMO E SOCIALISMO


MARX. Karl. O Capital. Capítulo I.
WILDE. Oscar. Alma de um Homem sobre o Socialismo.
MANDEL. Enerst. Introdução ao Marxismo. Capítulo XI e XII.
TROTSKY. Leon. ABC da Dialética Materialista.
 
Formação 02: HORIZONTALIDADE
 
TRAGTENBERG. Maurício. Reflexoes sobre o Socialismo.
CHOMSKY. Noam. Socialismo X URSS.

Formação 03: PROIBICIONISMO

BARATTA. Alessandro. Criminologia Crítica.

Formação 04: TEORIAS CRITICAS DO DIREITO

FILHO. Roberto Lyra. O que é o Direito.
TRINDADE. José Damião Lima. Marxismo e Direitos Humanos: uma contradição dialética.

Debate Pré-Encontro Nacional dos Estudantes de Direito

O Debate, que vai contar com a presença do Professor de Direito Penal, Gustavo Junqueira, Givanildo Manoel (Tribunal Popular) e um membro da Marcha da Maconha, tem como finalidade antecipar alguns temas centrais do Encontro Nacional dos Estudantes de Direito de 2011, como, por exemplo, a criminalização da pobreza pelo Estado de Direito.
Na mesa, os organizadores do ENED 2011 pretendem explicar o que é a Federação Nacional dos Estudantes de Direito e como funcionará o Encontro!
 
Dia 15 de junho (quarta-feira)
Às 19 horas
Na PUC, Auditório 239 (Prédio Novo)
 

SEMANA DE 140 ANOS DA COMUNA DE PARIS

Em março de 1871, ao ver seu governo render-se na Guerra Franco-Prussiana, o povo de Paris toma o poder e assume o governo da cidade. O Assalto aos Céus, como ficou conhecido o evento, foi a primeira experiência socialista da história. Apesar de ter durado apenas 72 dias, a Comuna de Paris deixou lições importantíssimas para todos que querem modificar a sociedade em que vivemos.

Em comemoração aos 140 da Comuna, a APROPUC, em parceria com a Faculdade de Ciências Sociais, organizou entre os dias 23 e 27 de maio uma série de palestras e eventos culturais, que contaram com os maiores expoentes da intelectualidade brasileira, para discutir dessa experiência histórica.

MOÇÃO DE APOIO DO GRUPO CONSTRUÇÃO COLETIVA À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

O Grupo Construção Coletiva, formado por estudantes do curso de Direito da PUC-SP, declara apoio pleno às recentes mobilizações ocorridas na Universidade Federal de Sergipe, que culminaram na ocupação da Reitoria pelos estudantes do curso de Comunicação Social.

O fato político criado pelos militantes é resultado de um processo intenso e longo de luta, travado desde 2009, por estrutura apropriada, por uma grade curricular mais crítica, que agregasse saberes e áreas do conhecimento possibilitadoras de uma formação contestadora e, finalmente, por assistência estudantil, política imprescindível para que a permanência dos estudantes na Universidade seja garantida.

O movimento estudantil nacional, seja de qual curso for, deve unir forças para resistir a essa série de medidas governamentais que vem sendo aplicadas gradualmente para atacar a qualidade e o direito à educação. Nosso dever é apoiar política e concretamente os companheiros. As retaliações sofridas na área da Educação do Brasil não encontrarão aceitação ou passividade enquanto houver indignação e comprometimento com a luta por parte de todas as forças estudantis espalhadas pelo país, sempre apoiados em um ideal comum.
NOTA DE ESCLARECIMENTO A RESPEITO DA SAÍDA DO GRUPO CONSTRUÇÃO COLETIVA
DO PROCESSO ELEITORAL PARA REPRESENTAÇÃO NOS CONSELHOS DA PUC
  Ninguém pode deter a primavera!


Na manhã do dia 18 de março de 2011 começava o processo eleitoral que teria como finalidade eleger os representantes discentes dos alunos nos Conselhos da Faculdade de Direito e nos Conselhos Superiores da Universidade.

O Grupo Construção Coletiva decidiu fazer parte desse processo mais uma vez, por acreditar na necessidade de os estudantes se apropriarem dos espaços da Universidade, e, assim, intervir de forma efetiva em sua realidade. Também, e, principalmente, por enxergar em tal processo um momento especial de debate político na Faculdade acerca de sua conjuntura, do seu ensino e de suas demandas.

Infelizmente, logo no início das eleições, ocorreram problemas de ordem prática: a lista de estudantes matriculados, que garantiria a legitimidade das votações, representando a segurança de que todos os votos eram dos estudantes da PUC de fato, não havia sido providenciada pela Comissão Eleitoral.

Diante disso, e da iminência do início das votações, optou-se por utilizar a lista do ano passado, esperando que o improviso fosse suficiente para suprir a falha e a desorganização da Comissão Eleitoral - o que, inevitavelmente, viciou o processo.

Ao final da primeira manhã de votações, as duas chapas que concorriam ao pleito se reuniram e decidiram, por consenso, que aquela urna eleitoral, devido ao problema apontado acima, não era legítima. A partir dessa decisão, foi marcada uma reunião com as duas chapas e a Comissão Eleitoral, a fim de que se debatesse como se daria o desenrolar do processo. A decisão tomada pela Comissão Eleitoral foi a da simples postergação do período de votação para os dias 23 e 24 de maio.

O Grupo Construção Coletiva se colocou contra a postergação das eleições sem a abertura de novo edital, considerando que isto compromete plenamente o caráter democrático do processo eleitoral. Isso porque, com a interrupção desse processo, torna-se imperativo garantir a possibilidade de participação a outros estudantes que, eventualmente, tenham se interessado nas eleições durante o período de campanha.


Considerando o calendário acadêmico da PUC e outras eleições que serão realizadas na Universidade, um novo processo eleitoral- que observasse a obrigatoriedade de um novo edital- mostrou-se inviável, razão pela qual propusemos a realização das eleições em agosto.

Vale ressaltar também a impossibilidade de o Grupo Construção Coletiva, comprometido com a construção de um Encontro para mais de 2.000 estudantes a ser realizado em julho (ENED), continuar no processo, por falta de condições materiais e de tempo a despender.

Diante desse contexto, entendendo que a decisão tomada pela Comissão fere a legitimidade do processo, a atitude mais coerente que nos restou foi a retirada da nossa chapa das eleições.

É importante reiterar que o Grupo Construção Coletiva não acredita que a atuação política dentro da Universidade limita-se à ocupação de cargos institucionais: pelo contrário, acreditamos que as cadeiras nos Conselhos não são um fim em si, mas um meio que proporciona ao corpo estudantil debater a realidade da sua Faculdade e Universidade, de modo amplo. É a partir dessa convicção, que continuaremos atuando nos espaços dos Conselhos e fora deles, de forma, cotidiana, comprometida e coerente.





Com muito trabalho e comprometimento, a Construção Coletiva está construindo o Encontro Nacional dos Estudantes de Direito, o ENED, que será realizado dos dias 24 a 31 de julho na Faculdade Zumbi dos Palmares e convida todos os estudantes de Direito da PUC-SP a participar! O tema do encontro será “O Estado de Direito no Banco dos Réus”, e tem como objetivo nos possibilitar refletir e debater a fundo a realidade do país em que vivemos e de que maneira o Direito interfere na mesma.







Gostaríamos aqui de agradecer aos votos e ao apoio dos estudantes ao nosso grupo durante esse processo e garantir que nossa atuação cotidiana PERSISTIRÁ!







ORGULHO DE $ER PUC-$P?

ORGULHO DE $ER PUC-$P?
O passado memorável da nossa Universidade, preenchido de filantropia, combatividade e resistência democrática – que seus administradores insistem em estampar até hoje –, perdeu sua concretude, de forma definitiva, na década de 90, com a aceleração de uma política nacional de privatização do ensino. Sem mais ajuda de verbas estatais, a PUC se viu com dívidas exorbitantes. A situação se torna insustentável em 2006: neste ano, a “solução” para o problema financeiro da Universidade foi a intervenção da Igreja na PUC, cuja tradução máxima foi a criação do CONSAD (Conselho Administrativo, composto por dois padres da Fundação São Paulo e o Reitor).
Desde então, a qualidade de ensino passou a ser objetivo secundarizado, perdendo espaço para a quitação de uma dívida sem fim. A política de corte de gastos implementada resultou em aumentos das mensalidades, corte de bolsas, demissão massiva de professores, abertura de vagas em cursos mais lucrativos – desacompanhada de projeto pedagógico e infra-estrutura adequada –, fechamento arbitrário de disciplinas, turmas e cursos, e maximização do contrato dos professores. Essa política, infelizmente, não só se mantém como tem sido acelerada em todos os cursos da Universidade.
Além disso, a democracia interna da PUC foi aniquilada: a voz da comunidade puquiana foi abafada pela voz católica da Fundação SP, os conselhos esvaziaram-se politicamente e um forte patrulhamento foi inserido no campus (afinal, tocar violão, entregar panfletos e tomar uma cerveja pode ser perigoso demais para a ordem...).
É neste cenário cinzento que está inserido nosso curso de direito. A previsão da demissão institucional de 150 professores para este ano, a demissão voluntária de professores que não suportaram a condição precária a que foram submetidos, a falta de suporte e espaço para pesquisa e extensão, o fechamento arbitrário de turmas, uma biblioteca desatualizada e incompleta, e um ensino pautado por uma prova de marcar X, são fatores estruturais que evidenciam o sucateamento do nosso curso e que exigem uma atitude bem distinta e bem mais abrangente que o aumento da média para 7,0. 
Nós, do Grupo Construção Coletiva, acreditamos que somente nos apropriando dos espaços e das demandas da PUC/SP e nos colocando como sujeitos capazes de intervir em sua realidade é que conseguiremos dar vida de novo a ela.
É a partir disso que atuamos não só no Direito, reivindicando melhorias pro nosso curso e resistindo à política do silêncio que nos é imposta, como também lutamos, com estudantes de diversos outros cursos (Psicologia, Jornalismo, Economia, Ciências Sociais, Letras, Relações Internacionais e Letras), por uma Universidade mais democrática, mais acessível e laica. No ano passado, compusemos a Campanha pela Redução das Mensalidades, que culminou, após frustradas todas as tentativas de diálogo com o CONSAD, na ocupação da reitoria. Desta, resultaram vitórias que, embora escassas e parciais, revelam a importância e a necessidade da nossa atuação conjunta e efetiva. 
A Audiência Pública com a Direção da Faculdade no ano passado nos garantiu que fossem eleitos, para o Conselho da Faculdade, cinco Representantes Discentes com poder de voz, dos quais dois com poder também de voto. É essencial nossa presença neste espaço, para que possamos expor nossas demandas, intervir nos rumos do nosso curso e, principalmente, para que possamos nos contrapor à política mediocrizante e autoritária que hoje ele apresenta.


NOSSO ORGULHO É A NOSSA LUTA PELO CURSO QUE QUEREMOS!

No ano passado, durante a Audiência Pública com a Direção da Faculdade, quando o Grupo Construção Coletiva requereu a manutenção dos cinco Representantes Discentes no Conselho da Faculdade, o fez em razão de cada ano possuir demandas específicas e estarem mais aptos a expô-las e intervir acerca de cada uma delas.

Dessa forma, nossa atuação se demonstra ampla, pois mantém nela presente uma Concepção de Universidade. Essa concepção se reverbera, de forma específica, nas nossas percepções a respeito das peculiaridades de cada ano.

Nesse sentido, todas as demandas terão um fundamento em comum. Os problemas que enxergamos na Faculdade de Direito são atentados à qualidade da educação que defendemos:

1º Ano e a questão do Vestibular de Inverno

No ano passado, foi instituído o Vestibular de Inverno no Direito, sem que antes houvesse qualquer planejamento acerca de sua estrutura ou de seu plano pedagógico.
Hoje, encontramos diversos problemas estruturais, frutos dessa ausência de planejamento que, à época, poderiam ser facilmente previstos. São eles:

- Sobrecarga de trabalho dos Professores
A soma de mais duas turmas no curso inchou a carga de trabalho dos professores, em especial os professores que ministravam as turmas especiais de DP, o que necessariamente compromete a qualidade das aulas, que terão menos tempo de serem formuladas e preparadas.

- Algumas matérias super lotam as salas de aula.

Um dos motivos alegados pela Direção para a criação do Vestibular de Inverno era o de resolver a questão das DPs depois que o curso se tornou semestral – em outras palavras, resolver um problema por eles mesmo criado.
Entretanto, o que encontramos hoje em determinadas aulas do curso de inverno são salas superlotadas devido à grande quantidade de alunos que fazem DPs nessas aulas. Ter salas de aulas cheias, não só se inviabiliza pelo tamanho das salas de aula da PUC, como principalmente perpassa pela questão da qualidade do aprendizado.
 
2º Ano e o início do estágio

A maioria dos estudantes de direito começam a estagiar no início do segundo ano e são surpreendidos com o fato de os escritórios não respeitarem a Lei de Estágio. O estudante vira rapidamente mão-de-obra barata para o lugar onde trabalha e com dificuldade tirará proveito de qualquer função sócio-educativa desse estágio.
Nesse sentido, o papel da Faculdade de Direito é valorizar projetos de extensão, que trazem a realidade do mundo para a sala de aula e levam a sala de aula para a realidade, auxiliando no processo de nos tornarmos estudantes críticos, e também os projetos de pesquisa oferecidos pela PUC, contudo escassamente divulgados no curso de Direito.

3º e 4º Ano

NPJ
Falando em extensão...
O Núcleo de Prática Jurídica é uma idéia fundamental para um curso como o Direito, muito embora na realidade ela não desenvolva suas potencialidades. As opções de matéria são poucas, e muitos estudantes, mesmo assim, são frustrados por suas escolhas não abrirem turma. O ideal é que os alunos pudessem colocar perante a Coordenação Pedagógica quais são seus interesses no Direito, dessem sugestões a respeito das matérias abertas para que, de modo democrático e motivador, o NPJ se demonstrasse uma proposta acadêmica muito mais interessante.

Turmas Especiais
Com a transformação do curso em semestral, criou-se a necessidade da criação de turmas especiais para DP. No início desse ano, a Direção da Faculdade cortou as turmas especiais, o que inviabilizou os estudantes de freqüentarem suas DPs no 1º semestre e faz com que todos esperem um ano para realizá-las. Se já estava ruim com as turmas especiais, sem elas piorou! É importante que haja uma discussão aprofundada sobre a falta de autonomia que temos para traçar nossos planejamentos individuais sobre escolha de matérias e de grade curricular.

5º Ano
Monografia

Com a inclusão, pela reforma curricular, da monografia como disciplina, seu período de vigência diminuiu: os alunos agora precisam entregar a monografia antes do fim do primeiro semestre. Isso prejudica a todos, que terão menos tempo para finalizar um dos raros trabalhos científicos e acadêmicos que faremos durante os cinco anos de curso. No início do ano, os representantes discentes do Grupo Construção Coletiva pediram ao Conselho para que reconsiderassem e protelassem a entrega da monografia para o final do ano.

Matérias Optativas
Você sabia que os alunos de 5º ano podem fazer matérias optativas em outros cursos da Universidade? Provavelmente não, por que o que ocorre é que essas optativas não são bem divulgadas e os poucos alunos que conseguem fazê-las passam a enfrentar um problema: a grande maioria dos outros cursos possuem aulas de 4 créditos, enquanto que nossas optativas só possuem 3. Dessa forma, o aluno de 5º ano que deseja escolher optativas fora do Direito tem que pagar a mais na sua mensalidade para poder cursar essa matéria.
Esse impasse afeta sobretudo os alunos pró-unistas, já que não lhes é garantido o direito de cursar matérias de 4 créditos em outros cursos, mesmo sendo esse trânsito entre faculdades de extrema importância para a pluralidade do saber e a qualidade de formação do estudante de Direito.
 

Além dessas demandas específicas de cada ano, possuímos também demandas gerais que afetam todos os estudantes do curso de Direito:

- A questão das Turmas Especiais de Graduação para Beneficiários da Reforma Agrária

- A Média 7,0 e a Estrutura Pedagógica do nosso curso

Este ano, o Conselho da Faculdade, em uma quinta-feira pós carnaval (hm, data suspeita para se aprovar uma medida de tamanha importância como essa...), aprovou o aumento da média de nosso curso de 5,0 para 7,0, demonstrando como encara (ou ignora) os problemas da qualidade de ensino no Direito.

A raiz do problema não está na postura duvidosa de estudantes preguiçosos ou desinteressados, mas na forma como vem sendo administrada a nossa Universidade, responsável por uma degradação generalizada em todos os cursos da PUC. O Direito, que não foge à essa regra, navega por um processo preocupante de sucateamento, sem que haja qualquer intervenção positiva da Direção da Faculdade para reverter esse quadro.

É por isso que, desde o começo do ano, O Grupo Construção Coletiva vem reiterando a necessidade de uma Audiência Pública com a Direção da Faculdade para que a estrutura pedagógica de nosso curso seja de fato debatida. Precisamos formular conjuntamente nossas perguntas e elaborarmos nossas próprias respostas; apenas assim teremos meios efetivos de pressionar a Direção da Faculdade e avançarmos no projeto de curso que queremos!

- Pró-Uni

Se os alunos prounistas têm seu acesso à educação superior possibilitado por um programa do Governo Federal que garante bolsas em universidades privadas, não contam com a mesma garantia quando o assunto é permanência. Uma série de entraves faz com que esses estudantes não sejam de fato inseridos no curso de Direito da PUC.
Os critérios para pegar DP – que são muito mais rígidos do que para um estudante que paga mensalidade –, a impossibilidade de conseguir fazer monitoria no período regular de aulas, os pedidos de transferência freqüentemente indeferidos pela Direção da Faculdade são alguns desses problemas que, numa lógica perversa, demonstram que a PUC dá as costas para os estudantes pobres.
Acirrando essa exclusão sistemática do prounista do cotidiano da vida estudantil, a Universidade não abria, até no ano passado, bolsas institucionais de estudo. Como tímida vitória do movimento estudantil, que ocupou a reitoria em novembro de 2010, 100 bolsas da Universidade foram concedidas pelo Conselho Administrativo para abril de 2011.

Carta Proposta para as eleições para representantes discentes dos Conselhos da nossa Universidade

O passado da nossa Universidade, marcado pela resistência democrática, perdeu sua concretude, de forma definitiva, na década de 90, com a aceleração de uma política nacional de privatização do ensino. Sem mais ajuda de verbas estatais, a PUC se viu com dívidas exorbitantes.
Desde então, a qualidade de ensino passou a ser objetivo secundarizado. A política de corte de gastos implementada resultou em aumentos das mensalidades, corte de bolsas, demissão massiva de professores, abertura de vagas em cursos mais lucrativos – desacompanhada de projeto pedagógico e infra-estrutura adequada –, fechamento arbitrário de disciplinas, turmas e cursos, e maximização do contrato dos professores. Essa política, infelizmente, não só se mantém como tem sido acelerada em todos os cursos da Universidade.
É neste cenário que está inserido nosso curso de Direito. A falta de suporte e espaço para pesquisa e extensão, o fechamento arbitrário de turmas, uma biblioteca desatualizada e incompleta, e um ensino pautado por uma prova de marcar X, são fatores estruturais que evidenciam o sucateamento do nosso curso e que exigem uma atitude bem distinta e bem mais abrangente que o aumento da média para 7,0. 
É a partir disso que atuamos não só no Direito, como também lutamos, com estudantes de diversos outros cursos, por uma Universidade mais democrática, mais acessível e laica. No ano passado, compusemos a Campanha pela Redução das Mensalidades. 
A Audiência Pública com a Direção da Faculdade no ano passado nos garantiu que fossem eleitos, para o Conselho da Faculdade, cinco Representantes Discentes com poder de voz, dos quais dois com poder também de voto. É essencial nossa presença neste espaço, para que possamos expor nossas demandas e intervir nos rumos do nosso curso.


Nós, do Grupo Construção Coletiva, acreditamos que somente nos apropriando dos espaços e das demandas da PUC/SP e nos colocando como sujeitos capazes de intervir em sua realidade é que conseguiremos dar vida de novo a ela.



SAIBA O QUE FAZEM OS CONSELHOS SUPERIORES DA UNIVERSIDADE!


CONSUN: Conselho Universitário. Era, antes de 2007, a instância máxima de deliberação na PUC. Seu papel político foi retaliado depois do redesenho institucional pelo qual a universidade passou, quando foi criado o Conselho Administrativo (órgão que, supostamente, deveria cuidar das questões financeiras da PUC, mas que, na prática, acaba sendo o ultimato de todas as decisões que envolvem dinheiro na Universidade; só votam os padres da Fundação São Paulo e o Reitor). No CONSUN, têm voz e voto os representantes discentes, os docentes e dos funcionários, além de membros da reitoria.

CEPE: Conselho de Extensão e Pesquisa.  Faz-se importante a participação estudantil nesse espaço pelo fato de que se demonstra raro nos cursos da PUC o incentivo dado institucionalmente às iniciativas de pesquisa discentes. A falta de incentivo à pesquisa deve ser algo questionado, principalmente quando pensamos que pesquisas ligadas à polêmica temática do aborto, por exemplo, são barradas por essa instância, composta, entre outros, por representantes da Igreja e da Reitoria. 

CONPLAD: Conselho de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. É um órgão que fora esvaziado politicamente depois da criação do Conselho Administrativo, uma vez que era nele onde se discutiam questões financeiras da PUC. Hoje em dia, nenhuma pauta que envolva finanças pode se desviar do crivo do CONSAD. Quem preside o CONPLAD é o Pró-reitor de Planejamento.

CECOM: Conselho Comunitário. É a instância que cuida das questões comunitárias da PUC, incluindo aí espaço físico e a relação entre estudantes, professores e funcionários com as instituições da Universidade. O CECOM é presidido pelo Pró-reitor comunitário. Ë fundamental que estudantes ocupem esse espaço, entre outras razões, pelo fato de que se tomam nele as decisões sobre a situação dos bolsistas do ProUni da PUC!